30 de abr. de 2014

Teve revolta?

Do que estamos sofrendo é de algo grave e que temos que tratar imediatamente: a falta de informação.
Até pouco tempo era comum ver um jovem pouco se importando com movimentos sociais e reivindicações políticas, e eu sou esse exemplo também. Mas nós temos que tomar cuidado, cobrar algo que nós não sabemos o que é não é cobrar. Há uma corrente de páginas compartilhando conteúdos com títulos do tipo "Isso a Globo não mostra", "A verdade sobre a Copa", "O comercial que todos deveriam assistir". Boa parte do conteúdo é boa, mas a intenção por trás dos jovens, nós, cabeças pensantes de extrema influência nesse mundo maluco tá totalmente embaralhada.
Uma coisa é certa pra mim: não há segurança em viralizações da internet, assim como nos pontos de vista massificados. A massa já é totalmente manobrada, nós não podemos dar crédito ao que é aceito em grande maioria, de imediato. As coisas precisam ser estudadas, nós precisamos nos estudar. Falar da Globo e da Veja sem pensar, bem ou mal, é a mesma porcaria. O ato de não pensar é um hábito implantado na gente em tudo quanto é canto nessa sociedade, nós precisamos sempre de uma renovação.

Rua não significa liberdade e gaiola não significa prisão, é, nem sempre. Primeiramente temos que enfrentar aquele texto chato que ninguém lê, aquele vídeo demorado que dá vontade de dormir. É preciso marcar aquela coisa gigante dentro da gente chamada "Desmotivação" ou até mesmo o medo, e mergulhar nisso, só assim se cresce.
Nós não vamos mudar nada na nossa volta sem mudarmos a nós mesmos, então pense no que deve ser feito de diferente.

É aquela velha história de que nós nunca saberemos onde estão as correntes que nos prendem sem nos movimentarmos, e se tu tá achando que tá se movimentando compartilhando informação sem se informar, por favor cheque a si mesmo e veja se alguém não está te paralisando.

18 de fev. de 2014

Já dizia Sérgio Sampaio:

"Um livro de poesia na gaveta não adianta nada, lugar de poesia é na calçada. Lugar de quadro é na exposição."

Meu cérebro, como um músculo atrofiado, não exercita mais tantas ideias. Uma folha em branco e a cabeça espremida como um limão, a fotografia das férias. Adquiri fortes habilidades em ser hábil no que não me leva a nada: em perceber os outros. Eu vejo teus vícios e ambições saindo com o suor, com a verdade indo embora. 

Eles vão concordar contigo, mas não deixe eles te enganarem, não pense que eles se sentiram como você algum dia. Eles vão dizer que suas horas vazias precisam ser usadas, da forma deles. E então eles vão querer te hipnotizar, e você, se deixar, vai ir com eles.

Risque o chão da sua rua, desenhe sem medo na parede do seu quarto, saia de casa e caminhe para algum lugar até se perder, e aproveite esse sentimento pois estar perdido é estar sendo um ser. Diga aquilo que tem pra dizer, amanhã você vai viver, ou não!
Não dê ouvidos a quem só tem bocas, abra a janela, mas não fique só observando, pule-a. 
Não busque a compreensão de um sábio, não é agora a hora, cada objetivo tem de ser alcançado ao seu tempo, ao seu leito.

9 de jan. de 2014

Devaneios emocionais

Me apossei de um caderno, onde escrevo tudo que passa pela minha cabeça, e está sendo ótimo para eu tirar as teias do meu cérebro. Agora, mais do que nunca, tenho que tomar cuidado com o conteúdo que posto aqui, para que eu não inverta as coisas e não comece a falar do que realmente passa na minha cabeça nesse exato instante.

Aqui está uma pequena história que alguém dentro da minha cabeça me contou hoje. São sopros que uma alma poderosa oferece pra mim, ás vezes eu absorvo, mas quase sempre eu acho pura loucura e tento esquecer, sem sucesso.


Os melhores dias da minha vida

Um certo homem, acostumado à viver cansado, acordou num certo dia bem. Antes mesmo dele levantar da cama, logo após ter aberto os seus olhos, ele sentiu algo muito confortador, esperançoso e sincero. Parecia que uma aura pairava sob sua alma prometendo ficar junto dela até o fim dos dias.

Lá foi o homem a partir daquele dia, acordava sorrindo, dava bom dia a todos os vizinhos, ligava para a sua mulher e dizia que a amava, cantarolava e assobiava por todo canto, acenava e sorria para todos, e pra ninguém também, provavelmente. As pessoas no trabalho, acostumadas a se concentrarem nos seus afazeres, o olhavam com certa estranheza, mas por poucos momentos, pois não deve haver perda de tempo quando se ganha pra fazer algo. Ele continuava sorrindo e perguntando a todos como estavam, conversava pacificamente com todos os gêneros, com todo ser vivo, com todo ser morto. 

Mas o que provavelmente esse homem não esperava, fosse que sua mulher, que tanto amava, não quisesse mais ele e fosse embora devido ao seu jeito de ser, levando tudo o que os dois tinham construído. Casa, carro, economias, filmes, livros, objetos, sua gaita de boca, tudinho. 
Ele foi pego de surpresa, mas parecia que não era o fato de sua mulher ter o deixado que estava fazendo com que ele ficasse intrigado. Pois ele continuava a sorrir, e não entendia. Queria saber porquê não estava sentado numa praça, chorando e pensando no pior, querendo ela de volta.
Seus amigos foram confortá-lo, mas quando chegaram em sua casa ficaram surpresos, mas um tanto mais quanto confusos. O maldito homem não largava nem um choro, ele apenas sorria e dizia que de uma forma ou de outra, estava se sentindo muito bem. Os seus amigos começaram a achar que ele tinha algum problema, que provavelmente estivesse mentindo, e após várias tentativas, desistiram. Acharam que ele não confiava o bastante neles a ponto de se sentir seguro para desabafar e chorar um pouco no ombro deles. Ele tentou explicar que estava tudo ótimo, mas de nada adiantou.

O tempo foi passando e ele continuava alegre e cantarolante. As pessoas que viam ele todos os dias no trabalho já estavam de saco cheio de ver toda aquela felicidade, diziam uns aos outros que ele devia ser uma pessoa horrivelmente triste que precisa fingir estar bem para os outros. Seu chefe mandava pilhas e pilhas de trabalho a serem entregues em prazos curtos, mas de nada adiantava o estresse que o chefe queria passar nele, ele aparentava adorar aquele trabalho massante, e isso enfurecia ele, um velho estressado que cheirava a cigarro.

Depois de algumas semanas, o pessoal do trabalho não aguentava mais aquelas cantorias nos corredores, os sorrisos na fila do cafezinho, os bom dias e boa tardes. Ele foi notificado a ir na sala do seu chefe, que o esperava com uma expressão costumeira de impaciência.
"- Aqui nessa empresa, zelamos pela boa postura de nossos funcionários." Foi a última coisa que ele pode ouvir do seu chefe. Após isso, ele sorriu e deu um abraço no velho resmungão e disse que ia sentir saudade. Sim, ele foi demitido.

Chegou em casa mais cedo, agora morava com seu pai, sua mãe faleceu quando ele era criança. 
Foi perguntado pelo seu pai o porquê de ter chegado mais cedo, e então soube que ele havia sido demitido. Mas lhe foi contado de uma maneira tão natural e radiante que fez com que ele provocasse raiva em seu pai. Ele não entendia o porquê da raiva, e perguntava o que havia de errado, num tom de brincadeira. Seu pai manteve-se em silêncio, apenas observando-o. 
Passado um tempo, agora ele trabalhava numa banca de revistas, ganhava pouco, e chegava mais tarde em casa. Já era costume chegar em casa e conversar com seu pai, sempre com o mesmo jeito de quem sempre está feliz, dizendo que o dia foi uma maravilha. 
Mas o que ele não esperava, foi que seu pai estivesse atirado no chão da cozinha, morto. Ele olhou para toda aquela cena, vendo o corpo do seu pai e a geladeira aberta. Já não era surpresa, esboçou-se um leve sorriso no seu rosto e então parece que ele aceitou na hora aquilo tudo que o rodeava. Sabia que seu pai tinha problemas cardíacos e que uma hora isso iria acontecer.

Muitos anos se passaram, ele estava lá, sozinho na casa em que crescera. Cantarolando na frente de casa, olhando para a árvore que se movia com o vento. Fitava as folhas como se não houvesse coisa mais deslumbrante no mundo. A respiração fraca. O riso forte. O batimento escasso. A alegria abundante.
Por nenhum momento ele pensou sobre suas atitudes, nem julgou aqueles que se afastaram. Sentiu que a felicidade em sua vida era totalmente sincera, e foi totalmente justo reconhecendo-a. Agradeceu á sua esposa, aos seus amigos, aos colegas de trabalho, ao seu chefe e ao seu pai por terem feito ele tão feliz. 
E com as folhas soltas da árvore que balançava ele foi embora...rindo.

30 de dez. de 2013

Natureza

Qual é a sua natureza?

A dos pássaros é voar.
A das ondas é levar.
A da garoa é refrescar.
A do escorpião é ferroar.
A dos risos é agradar.
A da lágrima é eliminar.
A do Sol é iluminar.
A do coração é apaixonar.

E quanto à você?
Que tipo de lugar te pertence?


Qual a tua natureza?

26 de dez. de 2013

Escravo do medo

Ser um escravo do medo é uma das coisas que resume a vida da alma de um ser humano.

Sem saber, vivemos á margem de cacos de vidro imaginários, espinhos afiadíssimos, porém falsos. Jogamos no lixo todos os nossos sonhos e instintos, abrimos nossa guarda propositalmente para a ilusória vida do bom cidadão assalariado que diz que é saudável por que faz academia, mas demora 2 horas pra chegar lá pois vai sempre de carro. E porque a gente não se importa? Porque sempre esperamos que as coisas escapem? Qual o motivo disso tudo?
São notórias as pessoas que acreditam nos seus próprios poderes, e acredito que é isso que falta em nós todos. Tu chuta uma árvore, caem 100 pessoas dizendo que a vida é uma merda, que a humanidade tá perdida, que somos um erro, que Deus nos odeia, que não podemos fazer nada, que somos hipócritas...

Caralho...


Nós somos poderosos demais, todos nós somos seres com uma grande alma.
Não podemos deixar que os homenzinhos da TV digam o que somos, nós não somos qualquer coisa...

Cada um é o seu próprio Deus.